domingo, 7 de dezembro de 2014

Maio oito meia (9) - A tribo isolada dos párias

Estudante de Engenharia Mecânica da UEMA, onde também era vice-presidente do DCE, Raimundo Garrone decidiu um dia trocar as aulas de cálculo vetorial no Campus Paulo VI pelas experiências mimeográficas do curso de Comunicação Social da UFMA. Cabeludo, óculos ao estilo Lennon, roupa despojada, Garrone logo fora entronizado na gangorra do movimento estudantil da Universidade Federal do Maranhão – ora altissonante, ora pasmaceira – pelas mãos da elite da militância e, na primeira oportunidade, elegeu-se secretário de cultura do DCE.

O prédio do Pimentão da UFMA era em parte povoado por gente como Garrone, transgressora em questões como sexo e drogas e embalada por boas doses de rock, reggae e poesia. Ali ele estava em casa, vivendo uma ciranda diferente com outros personagens, como Ademar Danilo e Fernando Abreu. Antes de entrar para o curso de Comunicação, em 1985, Ademar frequentou as salas de aula de Direito e Filosofia, empunhou bandeira como presidente de diretório acadêmico (D.A.) e candidato a vice-presidente do DCE na chapa “Guarnicê”, liderada por Francisco Gonçalves. Fernando Abreu também iniciou Direito, foi do diretório acadêmico mas abriu mão de uma promissora carreira jurídica para se entregar à poesia e estudar jornalismo no curso de Comunicação.

Leia mais em maiooitomeia.com.br.

3 comentários:

  1. A título de esclarecimento: no meu livro, "Onde o Reggae é a Lei", eu não falo sobre a Akademia dos Párias. Abordo o surgimento do programa Reggae Night sim, mas em momento algum ligo isso aos párias. Penso que Fabreu se confundiu. Félix e Ademar, feio me acusar de uma coisa que eu não disse, sem fundamento algum, sem ter lido o livro direito e sem sequer me procurar para ouvir o contraditório.

    ResponderExcluir