Brasil Novo, Plano Cruzado, velho clientelismo, preços congelados, explosão do consumo. O rock brazuca pulsava dentro e fora das universidades. A fumaça tomava conta da Área de Vivência do campus do Bacanga enquanto as calouradas se multiplicavam pelas sextas-feiras do semestre. Era o meu primeiro período de Economia, escolha pouco iluminada que tomou quase três anos de vida acadêmica, talvez alimentada pela boa lábia de Dílson Funaro, João Sayad, Edmar Bacha e pelo choro copioso e terno de Maria da Conceição Tavares. Confesso que insisti, e havia tolerância recíproca – um pacto de mediocridade sem firma reconhecida -entre mim e os professores Orlando Furioso, Magalhães, Flávio Farias, Benjamim, Eliseu e tantos outros alcançados pelo meu desencanto tardio.
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Maravilha de texto Félix! Fiquei muito feliz em ver nas suas palavras momentos marcantes que fizeram história no Campus da UFMA.
ResponderExcluirGrande abraço.
Herick Murad
Hum, esses textos querem publicação em livro. rs abraços. Eri.
ResponderExcluirGrande Félix,
ResponderExcluirCheguei até aqui por uma indicação do meu compadre (compadre mesmo) e cunhado Washington. Parabéns pelo espaço e pelo texto, emocionante e que nos traz à lembrança tempos maravilhosos.
A nossa geração foi muito especial - vivemos as utopias coletivistas, a transição para a democracia (que ainda está em construção), nos emocionamos com a arte (hoje a Ufma me parece um deserto de homens e idéias - fui fazer Direito no final dos anos 90 e a universidade que eu tanto amava simplesmente desapareceu, sufocada pela mediocridade, pela alienação, pelo hedonismo mais babaca, pela caretice, pela breguice - enfim, nem é bom falar... fiquemos com nossas memórias afetivas, onde todos os lugares são aconchegantes e todas as pessoas são irmãs).
Fiz um apanhado dessas reminiscências em um texto publicado no blog Jazz + Bossa (que te convido a conhecer), sobre nosso grande amigo Arlindo Raposo. O endereço:
http://ericocordeiro.blogspot.com/search/label/Arlindo%20Raposo
Grande abraço - vou colocar um link pr'O Redemoinho lá no jazzbarzinho, ok?