O corte epistemológico vaticinado por Althusser nas aulas de Teoria da Comunicação abriu a fenda entre os livros oficiais apreciados ainda na escola e a literatura arejada, deliberadamente desgovernada, encontrada nos corredores, emprestada de mão em mão ou vendida nos sebos e bancas a preço módico. Era lendo "Utopia e paixão", do escritor e psicanalista Roberto Freire (com Fausto Brito), que meninos e meninas desabrochavam para o movimento estudantil na universidade. O velho anarquista vendia livros como água pelo campus. Tinha uma pegada proposital para cutucar jovens em início de vida acadêmica, atormentados com tanta ciência e filosofia no lombo. Fazia dos títulos dos livros uma deliciosa provocação: "Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu", "Sem tesão não há solução", "Ame e dê vexame" e por aí vai.
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