Aquele homem de chapéu de palha, mal vestido, pele suada e gestos largos falava diferente. O timbre da voz e o discurso eram diferentes. Uma oitava acima, falava com emoção sobre campesinato, reforma agrária, sangue na luta pela posse da terra, grilagem e revolução. Bem articulado, usava as palavras mais simples, às vezes desconexas, e tropeçava na gramática, mas ganhava a plateia pelo discurso inflamado. Setembro de 1985. O Grêmio Estudantil Coelho Neto, do Colégio Marista, convidara alunos de outros escolas para o debate com os candidatos à prefeitura de São Luís. Era a primeira eleição para prefeito com o carimbo da Nova República, depois de 20 anos de regime militar. Na plateia do auditório do Marista estavam secundaristas ávidos por embates, informação e festa.
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