Para quem, como nós, alimentava o sonho de mudar o mundo, seja lá qual fosse essa mudança, Luís Carlos Prestes tinha a história pronta. Era experimentado nesse estranho ofício da revolução. Deveria ter algo a nos dizer, a ensinar, talvez. E ele estava em São Luís. Era a nossa chance. Veio a convite de Maria Aragão e de entidades sindicais para uma palestra na Biblioteca Pública Benedito Leite dirigida a estudantes e trabalhadores. Ficou três dias na cidade, de 8 a 10 de outubro de 1987. Foi numa sessão restrita de autógrafos do livro “Prestes, lutas e autocríticas”, na sede do PCB, à rua 13 de Maio, que o jornalista Aldionor Salgado nos deu a pista de que, no dia seguinte, Prestes se refugiaria numa casa na praia do Araçagi. Não sabíamos aonde exatamente era o local do refúgio, mas decidimos – eu, José Luís Diniz, Socorro Rios e Cidinha Pires (as duas, estudantes de Serviço Social) – que iríamos encontrar a casa pra fazer finalmente uma entrevista com o “Velho”, como ficou conhecido o comunista mais famoso do Brasil. E assim nos embrenhamos pelas matas do Araçagi até chegar ao destino. Depois de um certo tempo de espera, e já com a anuência de Aldionor, iniciamos uma longa conversa com Prestes, que muito nos marcou, devidamente gravada e reproduzida com fotos na edição de novembro de 1987 do Tabefe.
Leia mais em maiooitomeia.com.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário