(texto de apresentação do livro “João Pedro Borges – violonista por excelência”)
Com a publicação de “João Pedro Borges – violonista por excelência”, do escritor Wilson Marques, a Clara Editora inicia o projeto Perfis Maranhenses, uma despretensiosa coleção de histórias sobre personagens que, por diferentes meios e maneiras, fizeram ou continuam fazendo do Maranhão um estado melhor. Não um estado melhor que outros - nem mais bonito ou de histórias mais gloriosas. Mas um Maranhão melhor do que ele realmente é notado.
O melhor do Maranhão não está no seu venturoso passado econômico, mas na sua gente, nos seus personagens de ontem e de hoje. São os seus filhos ilustres e anônimos. São nomes como Ribamar, Maria, Teresa, Raimundo, Pedro, José ou João. São expressões como Gonçalves Dias, Sousândrade, Catulo da Paixão Cearense, Lago Burnett, Celso Antônio, Ferreira Gullar, Floriano Teixeira, Turíbio Santos, João do Vale, Nauro Machado, Chico Maranhão, Coxinho, Dona Teté, Alcione, Querubina, Terezinha Jansen, Mestre Felipe, Lenoca, Humberto do Maracanã e tantas outras. Essa história de mais de quatrocentos anos é feita de pessoas simples e cidadãos notáveis que se destacaram em suas áreas de atuação.
A coleção Perfis Maranhenses não é uma homenagem ao Maranhão, mas a homens e mulheres do Maranhão representados aqui por gente como o músico João Pedro Borges, o Sinhô, e outros expoentes nas artes, no esporte, na cultura popular, na economia, na religião etc. O primeiro título é uma reverência ao maranhense que conquistou um lugar de destaque entre os maiores violonistas do Brasil, com passagens por grandes palcos internacionais, como o Lincoln Center, em Nova York.
Como Sinhô, há muitos personagens do Maranhão inseridos no fecundo contexto histórico que compreende a segunda metade do século 20 e os primeiros anos deste século 21. Nomes que só caberiam em volumosos cadernos ou enciclopédias de temas maranhenses, como fizera César Augusto Marques no seu “Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão”. A coleção Perfis Maranhenses, no entanto, é um breve recorte do protagonismo maranhense, sem formalismos ou compromissos com teses acadêmicas, forjado em narrativas que podem fluir tanto do ensaio como da reportagem ou de uma resenha.
Perfis maranhenses é um leve memorial de consulta, um projeto de sobrevoo com o requinte da pesquisa necessária, objetiva. Com esta obra inaugural – e outras que ainda virão -, o leitor chegará à última página de “João Pedro Borges – violonista por excelência” com o sentimento de que o Maranhão é de fato muito maior e melhor do que aparenta. O leitor estará convencido, afinal, que João Pedro Borges nos representa.
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